segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Reciclagem


Por razões ambientais, econômicas e sociais, a reciclagem de resíduos sólidos é uma atividade crescente no Brasil. Segundo o Compromisso Empresarial pela Reciclagem (CEMPRE), comparado a outros países, o Brasil apresenta elevados índices de reciclagem e tem potencial de se desenvolver ainda mais nessa área.
Hoje, uma parcela da população brasileira é atendida por serviços municipais de coleta seletiva e parte desses programas tem a participação de cooperativas de catadores. Mas é importante salientar que a maior parte do material não coletado pelos sistemas oficiais, acaba chegando à indústria por meio do trabalho de catadores, aparistas e sucateiros.
A reciclagem envolve uma cadeia que começa na separação dos resíduos sólidos pelos cidadãos, passando pela coleta, triagem e preparação do material recolhido que, em seguida, é encaminhado à indústria para que seja transformado em nova matéria-prima.

Reciclagem de Papel

Além de ser de origem renovável, o papel está entre os produtos que apresentam maior taxa de reciclagem no Brasil. No total, 46% de todos os papéis que circularam no País, em 2009, foram encaminhados à reciclagem pós-consumo.
É importante ressaltar que grande quantidade de aparas de papel reciclável é utilizada na fabricação de outros produtos, como telhas, sem ser computada nas estatísticas de recuperação. Além disso, também não se excluem os papéis que não são passíveis de reciclagem, como os higiênicos, que contém impurezas. Se esses quesitos passassem a ser avaliados, a taxa de recuperação subiria expressivamente.
A reciclagem é tradicional no setor papeleiro. As fábricas são abastecidas por uma grande rede de aparistas, cooperativas e outros fornecedores de papel pós-consumo que fazem a triagem, a classificação e o enfardamento do material. A cadeia produtiva que envolve a atividade gera empregos e renda, movimentando a economia.
Sob o ponto de vista econômico, a atividade reduz os custos de produção, distribui riquezas e promove a recuperação de matérias-primas que serão novamente inseridas no ciclo de consumo.
Como todo papel produzido no Brasil tem origem na celulose de florestas plantadas de pinus e eucalipto, o processo de reciclagem tem origem em uma fonte de recursos renováveis. Ou seja, depois de utilizadas, as fibras dessas árvores se transformam novamente em matéria-prima para a fabricação de novo produto.
Ainda em relação ao meio ambiente, a reciclagem – aliada a outros fatores, como o uso de resíduos para aproveitamento energético e plantio de florestas que absorvem carbono da atmosfera – contribui para um balanço ambiental positivo como resultado da produção de celulose e papel.
Além disso, a recuperação do material após o consumo ajuda a diminuir o volume de detritos a ser descartado em lixões e aterros sanitários já saturados. Pelo alto poder calorífico, o papel pode ser utilizado na reciclagem energética, característica que deverá ganhar importância no futuro próximo.
A reciclagem poderia ser ainda maior com políticas públicas de incentivo do governo, iniciativas empresariais, maior organização dos trabalhadores que recolhem os materiais e novas atitudes do consumidor.
Consumo consciente – Reduzir o desperdício de papel e adotar hábitos para a separação do material reciclável nas residências. Essas práticas contribuem para melhorar a qualidade e a homogeneidade das fibras que retornam às indústrias. Também é importante a coleta seletiva e a triagem dos resíduos recicláveis – sem a contaminação por matéria orgânica tais como restos de comida e outras impurezas.
É importante ressaltar que o papel não pode ser reciclado infinitas vezes, pois as fibras perdem a resistência e as características que definem o tipo do papel. Por isso, será sempre necessário o uso de fibras virgens originárias das florestas plantadas para viabilizar a produção e atender às necessidades de consumo da população.

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